quinta-feira, 21 de abril de 2011

Rapper Kanhanga autor do Rap do Mazembe sofre preconceito numa casa noturna de Porto Alegre-RS



  
São nesse preciso momento 03:15 madrugada dessa quinta feira feriado de Páscoa,
acabo de chegar em casa, vindo do Café Moinhos casa noturna do Bairro Moinho de Ventos em Porto Alegre-RS. Havia combinado com umas amigas de curtir uma festa. Recebi no meu celular a mensagem de uma das amigas 1:32  que ela já se encontrava no local, me arrumei e me dirigi pra lá. Posto no local o segurança pediu me o documento. Passei para  o Segurança o meu Cartão de Estudante, o requerimento da policia federal que prova a minha legalidade e o CPF já que é norma da casa constatar a idade. 

O segurança se dirigiu ao caixa e voltou dizendo que Eu não podia entrar na festa. Perguntei porquê ? - Ele me disse que o Gerente disse que eu so podia entrar com o Passaporte. Como assim ? perguntei todo perplexo por ser a primeira vez em 5 anos que moro aqui em Porto Alegre, uma casa noturna me pede esse tipo de documento para poder entrar numa festa. Inconformado com a situação pedi ao segurança que chamasse o Gerente para que ele me desse uma explicação plausível a respeito, mas ele se negou em falar comigo.

Fiquei parado na porta, vendo todo mundo entrando na festa com os ánimos de curtição e eu ali observando e tentando entender o porquê que para eu, estrangeiro curtir uma festa numa casa noturna em Porto Alegre preciso ter em mãos o passaporte.
 Porquê que essas casas de festa pedem documento ¿ é pra constatar a idade ou para ver a legalidade do estrangeiro ? As casas noturnas viraram agentes de imigração
e ninguem me informou, é isso ? Não curto muito falar disso, mas me senti mais uma vez vítima de preconceito. E foi tão engraçado que o segurança que era negro disse o seguinte ''voçe tem que apresentar documento com foto"  e Eu - cara,  te passei meu cartão de estudante que tem minha foto e o meu CPF que contém a minha data de nascimento. Daí ele me disse " ha mas o gerente disse que tem que ser somente com o passaporte". 
Aí eu pedi para que chamasse o gerente e ele se recusou, perguntei o nome do gerente e o segurança respondeu; - Beto. Perguntei pelo subnome e ele não me respondeu. Depois de quase uma hora na porta do Café Moinhos, inconformado e revoltado com essa cena de  preconceito absurdo por parte dos agentes desse local de festa, decidi sair debaixo daquela chuva forte, pegar o taxi e se dirigir pra casa. Posto em casa, a primeira coisa que me veio na cabeça foi descrever esse episódio triste de mais um capitulo da minha vida em Porto Alegre.